Outros elementos de diagnóstico

OUTROS ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO

Dando sequência à serie de perguntas feitas por meus alunos e as minhas respostas.

Assim quem sabe, possa ajudá-los também, visto serem as perguntas mais comuns surgidas após cada aula do curso Fundamentos para a Prática Ortodôntica que é ministrado neste site.

Referente à aula: Outros elementos de diagnóstico

***Duvida: Em relação a questão de se ter um paciente onde já no exame clinico nota-se um “descaso” à higienização bucal, e com consequências já evidentes…placas de cálculo, gengivite, cáries, enfim…, ainda assim seguiremos tratamento? Essa informação não ficou clara pra mim, pois, no texto que li diz que a foto é importante tirá-la antes e  depois para “provar” , se necessário, no pós tratamento q a destruição dental já havia antes e não foi causada pela ortodontia, então, trataria mesmo nessas condições? Ou encaminharia ao clínico para adequação da saúde bucal geral e após estabelecida seguimos tratamento ortodôntico? 

Eu acho que se deve tentar condicionar esse paciente à mudança de hábitos.

Pela minha experiência sei logo de início,  se esse é um paciente maleável, passível de aceitar mudanças ou se é aquele que não vai mudar nunca.

É claro que só irei tratar o paciente se ele pertencer ao segundo caso e estiver aberto a mudanças.

Por certo, se for o caso de prosseguir com o tratamento e ele for portador das “consequências evidentes” a que vc se referiu, as fotos mostrarão essas evidências e nos auxiliarão, pois a memória do paciente por vezes é falha, para “provarmos” no final que não foi o aparelho que causou o estrago e sim a sua negligência.

Sem duvidas as radiografias nos auxiliam muito no diagnóstico. Lá na faculdade sempre realizamos as bites- wings e na pediatria solicitamos a panorâmica e fazemos também a bite wing. Além das radiografias tem os exames histopatologicos, tomografias. Mas cada um em seu caso específico.

Sim

Você citou dois tipos de exames complementares importantes, porém, por não serem habituais, só os indicamos em casos específicos.

Nem por isso vocês devem ignorá-los.

Por isso, seguem abaixo, links interessantes sobre o assunto:

http://www.croif.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8&Itemid=11

http://eduep.uepb.edu.br/pboci/pdf/Artigo19v73.pdf

VALORIZANDO A BIÓPSIA NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA

http://www.odontologiadiferenciada.com.br/?cont=piercing

http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n3/16349.pdf

A tomografia Cone Bean já é uma realidade em minha cidade e percebi que os pacientes não fazem muitas objeções quando solicitadas pois são fundamentais para concluir um diagnóstico. Tive dois casos  de canino retido que para uma melhor avaliação se poderiam ser tracionados ou extraídos e a tomo foi fundamental ,infelizmente tiveram que ser extraídos e me ajudou muito na cirurgia também.

 Uma dúvida que tenho é que me encaminham muitos pacientes para extração dos 3º molares quando o tratamento ortodôntico está finalizado ou no meio do caminho, o correto não seria extrai-los precocemente antes de qualquer intervenção ortodôntica? Ou não, depende do caso!

E a pergunta que não quer CALAR rsrsrs, 1 ou 4, 3º molares são capazes de movimentar toda uma arcada dentária?  

Estou estudando e tentando construir um conteúdo para incluir no curso sobre uma análise em cone bean.

Mas acho que ainda teremos algum tempo para que isso fique pronto.

Se entendi bem  a pergunta, sou da corrente que afirma que os terceiros são sim capazes de movimentar a arcada, principalmente de provocar recidivas no pós tratamento.

Mas há muitos colegas que pensam o contrário.

Veja este artigo:

Extrações de molares na Ortodontia

 Profª Nidia, por favor, vc poderia esclarecer-nos sobre alguma contra-indicação para o tratamento ortodôntico?

Já ouvi falar em casos onde o paciente faz uso de hormônios para estimular o crescimento… é verdadeiro que se houver movimentações dentárias isso pode causar reabsorções?
Obrigada .

Qualquer interferência hormonal sempre interferirá nas movimentações dentárias, principalmente se não monitoradas e controladas rigorosamente.

Leia este artigo:

Principais alterações sistêmicas relacionadas com a movimentação dentária induzida

Uma aula bem relax que já faz parte do meu cotidiano da clínica infantil. São pouquíssimas crianças que frequentam a clínica da faculdade que não possuem um modelo de estudo e uma panorâmica, pelo menos. São exames complementares fundamentais não só para a ortodontia, mas pra todos os profissionais que querem fazer a diferença no mercado. Com o avanço da tecnologia já é possível planejar com as tomografias Cone bean em 3D, uma solução para as sobreposições que tanto nos confundem nas panorâmicas. Porém, ainda é um exame sofisticado que levará uns anos para que seu preço o torne acessível.

Sabe que percebo o cone beam cada vez mais usado?

Para quem ainda não conhece, olhem aqui um exemplo:

https://www.youtube.com/watch?v=OHT4OaPheBY

Aprendi muito com esta aula, principalmente sobre a radiografia de mão e punho para avaliar o SCP. Já tinha ouvido falar nisto antes, mas não para elaborar um planejamento ortodôntico e sim como avaliação de crescimento para os pediatras (inclusive já realizei este exame quando tinha 8 anos e tamanho de 5 anos…rsrs). E as análises de modelo escaneados e fotografados servem de grande embasamento para as medidas de espaço presente e espaço requerido, além de outras informações como já dito pela professora e alguns colegas. Já havia aprendido na graduação sobre a análise de Moyers, mas não sobre a de Bolton e de Tweed. Sobre a avaliação da ATM tenho uma dúvida: mandamos para o especialista em dor orofacial, quando detectado algum problema e descartamos o tratamento ortodôntico ou esperamos uma avaliação  do especialista para decidirmos sobre o tratamento? (desculpe a ignorância)…Portanto, muitas novidades nesta aula, que achei de ótima apresentação e concluo que de posse do entendimento de todas estas informações, seguramente estaremos respaldados técnica e legalmente sobre qualquer tratamento. Claro, se fizermos as anotações pertinentes, colhido assinatura do paciente e/ou responsável e arquivados conforme orienta a legislação.

Como eu moro em uma cidadezinha pequena e não temos especialistas em DTM aqui, fui obrigada, com o passar do tempo, estudar muito a respeito do assunto e ir sempre que possível assistindo a mini-cursos do Instituto da Dor do Hospital das clínicas de SP.

Portanto, embora não titulada, mas me considero bastante capaz para resolver quase todos os problemas de DTM que surgiam.

Mas, nos raros casos que era obrigada a encaminhar, quase sempre tratávamos concomitantemente.

A não ser nos pouquíssimos casos cirúrgicos de DTM que apareceram ao longo de meus 39 anos de clínica que aí terminava-se todo o processo cirúrgico para depois entrar com o tratamento ortodôntico.

 Ao final do curso, iremos falar muito ainda sobre DTM.

Sem dúvida a radiografia panorâmica pode nos revelar muitas coisas, ela essencial, mas os modelos de estudo não ficam para trás. São importantíssimos para o planejamento, com ele posso analisar cada caso em diferentes ângulos o cirurgião dentista irá ter uma média de quanto de força e espaço ele pode estar usando no aparelho. Sem o modelo ficaria difícil o cirurgião dentista visualizar o que seria desconfortável para o paciente. 

Você fez uma observação importante.

Imagine se não tivéssemos os modelos.

O quanto iríamos molestar o paciente tentando ter visões sob ângulos totalmente inusitados.

E em alguns casos eles nos mostram ângulos que não conseguiríamos visualizar nem mesmo através de espelho.

Como este, por exemplo:

Impressionante como tem muita gente  por aí que completa tratamentos ortodônticos sem nunca ter pedido uma radiografia!!!

 É por isso que nossa profissão acaba não sendo levada a serio porque de picaretas o mundo está cheio (e o Brasil mais ainda)

 Sim

Isso me entristece, e muito sabia?

Com o método que criei de planejamento ortodôntico, na verdade qualquer cirurgião dentista que faça o curso e siga todo o protocolo conseguirá levar um tratamento até o fim e com sucesso. Por conta disso, me propus a construir e disponibilizar todo este curso, de maneira bastante embasada para que quem fosse utilizar meus trabalhos de consultoria soubesse exatamente do que eu estava falando. E o principal, quem utilizar, em muito pouco tempo, com certeza, irá procurar um curso de especialização porque começou da maneira certa e não da forma errada que você citou.

Acho que um bom diagnóstico e planejamento são baseados na qualidade e fidelidade dos elementos de diagnósticos que usamos para alcançá-los. Nenhum deles sozinho nos dará a ”solução”, achei muito interessante a foto quando foi falado que as vezes o paciente retorna reclamando que o aparelho estragou seus dentes, ela é de muita importância, pois pode provar o real estado dos dentes quando foi iniciado o tratamento (colorações, etc). Enfim, cada elemento de diagnóstico tem sua importância e sua limitação também, e um vem complementando o outro! 

Pois é

Por isso que no fórum anterior, quando alguém me perguntava sobre se pedir tudo o que foi prescrito em aula para a documentação, acho q não falei, mas pensei seriamente que tudo isso ainda é pouco. 

Muito interessante relembrar o sezamóide, rever os indicadores de surto de crescimento, mas fiquei um pouco no ar sobre as implicações disso. Sobre os porquês de se avaliar a altura desse SCP e quais as atitudes a se tomar na prática.

Resumindo:

Sabe-se que o SPC é a fase de desenvolvimento da adolescência onde o ser humano possui um maior aumento da taxa de crescimento dos tecidos esqueléticos, grande aumento de estatura, desenvolvimento das gônadas; aparecimento das características sexuais secundárias; modificações na composição corporal; aumento da capacidade e resistência física. E que tem grande importância para definição do início do tratamento ortodôntico. 

O evento esquelético, que, observado no Rx de mão e punho, marca o início do SPC e qual marca o seu início é o Psi = visualização do osso psiforme. E o fim é marcado pelo FDut = união total epifisária das falanges distais.

O momento da menarca nas meninas, esqueleticamente,  nos indica, que esta paciente já passou do pico do SCP e está há 6 meses para o fim do surto de crescimento puberal. Isso nos serve como auxiliar na definição do melhor período para tratamento ortodôntico. Por isso, para elas nem sempre usamos o RX de mão e punho.

Em todo caso, seguem abaixo mais alguns artigos interessantes:

Posso também mandar esses modelos escaneados pra você fazer essas avaliações de discrepâncias? 

Sim. Claro.

 

 

Resumindo:

Sabe-se que o SPC é a fase de desenvolvimento da adolescência onde o ser humano possui um maior aumento da taxa de crescimento dos tecidos esqueléticos, grande aumento de estatura, desenvolvimento das gônadas; aparecimento das características sexuais secundárias; modificações na composição corporal; aumento da capacidade e resistência física. E que tem grande importância para definição do início do tratamento ortodôntico. 

O evento esquelético, que, observado no Rx de mão e punho, marca o início do SPC e qual marca o seu início é o Psi = visualização do osso psiforme. E o fim é marcado pelo FDut = união total epifisária das falanges distais.

O momento da menarca nas meninas, esqueleticamente,  nos indica, que esta paciente já passou do pico do SCP e está há 6 meses para o fim do surto de crescimento puberal. Isso nos serve como auxiliar na definição do melhor período para tratamento ortodôntico. Por isso, para elas nem sempre usamos o RX de mão e punho.

A seguir, vão abaixo mais alguns artigos interessantes:

http://www.moroortodontia.com.br/aulaspg/curvacrescimento.pdf

CURVA DE VELOCIDADE  DE CRESCIMENTO E ESTÁGIOS DE OSSIFICAÇÃO

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2176-94512011000500015&script=sci_arttext

Guias clínicos e radiográficos utilizados para a predição do surto de crescimento puberal

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-54192008000600009&script=sci_arttext

Morfologia das 3ª e 4ª vértebras cervicais representativa do surto de crescimento puberal

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192006000200010

Previsibilidade de sucesso na disjunção palatina avaliada pelo estágio de maturação esquelética.

http://www.dentalpress.com.br/artigos/pdf/188.pdf

Estudo da Correlação entre a Idade Cronológica e a Maturação das Vértebras Cervicais em  Pacientes em Fase de Crescimento Puberal*

http://www.revodontolunesp.com.br/files/v27n1/v27n1a08.pdf

SURTO DE CRESCIMENTO PUBERAL. RELAÇÃO ENTRE MINERALIZAÇÃO DENTÁRIA, IDADE

CRONOLÓGICA, IDADE DENTÁRIA E IDADE ÓSSEA – MÉTODO RADIOGRAFICO*

 

 

 

 

 

 

 

 

Como chegar a um prognóstico de crescimento confiável

Idade Óssea

http://www.prac.ufpb.br/anais/IXEnex/iniciacao/documentos/anais/6.SAUDE/6CCSDCOSMT28.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192006000500011

http://www.fosjc.unesp.br/cob/artigos/v8n2_06.pdf

http://www.unimar.br/pos/trabalhos/arquivos/1b165a3683b0cb80c3158da21a994cc8.pdf

A Menarca e a Idade Óssea

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300003

http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/834.pdf

http://pt.scribd.com/doc/49109200/puberdade-feminina

Os Modelos

http://www.scielo.br/pdf/dpress/v12n3/15.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=yFEluceJSeg

 

Discrepancia de tweed Bolton e moyers

http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n2/a08v11n2.pdf

http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2009/04/v05n0106a03.pdf

Análise Fotográfica

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192008000600012

Triangulo de tweed

http://www.slideshare.net/MLodontologia/anlise-de-tweed-1

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